A lógica da vassoura? Já está batida

E olha que independe das cerdas...

Inspiração. Ela vem de pessoas. Cansada de só reverter histórias tristes em motivos para sorrir, cansada de colocar poesia em meu sofrimento e cansada de fazer textos para pessoas que não merecem simples letras do meu tempo, decidi focar em inspirações reais. Aquelas que jogaram uma corda para me tirar de um poço profundo.

São pessoas assim que merecem meus versos e um registro para serem eternizadas em minha história. Serei lembrada pelos meus escritos? Logo, serei lembrada por retratar afeições não correspondidas? Não seria mais lógico registrar nomes dignos?

Hoje, mais um vez, descobri que não estou completamente sozinha em um mundo que é pautado pela busca frenética de interesses. Juntas, descobrimos com a intensidade que nos move. Há famílias que nos escolhem por um espírito guiador chamado empatia.

Talvez gostemos de ser tapetes de vez em quando só para saber se somos resistentes o suficiente a tantos pés. Falamos de cada pé que entrou em contato com o nosso tecido/material. Mas e as mãos que nos colocaram para lavar?

Lavar mesmo, digo. Não estou me referindo àquelas mãos que só passam uma vassoura sobre você para tirar a poeira… mas daquelas que esfregam cada milímetro seu até vê-lo sem mais resíduos de sujeiras que muitos pés trouxeram de suas caminhadas aventureiras.

De que adianta se abrir para contar os pormenores de sua vida, quando a pessoa está interessada somente no conhecimento e não no outro em si? De nada adianta.

O mundo já está cheio de gente que sabe, mas nada faz. Ou melhor dizendo, querem aparentar feitio e passam uma vez a vassoura para ver se o pó sai.

Falar dos pés, já estamos cansados. Falar de pessoas com vassouras já é normal. Agora, falar de mãos cansadas em uma escovinha, água e sabão, de fato é preciosidade.

Até porque, para relacionar com pessoas precisa-se do contato direto onde uma alma possa tocar a outra.

Passar uma vassoura? Todo mundo já faz.

É necessário ser mais que isso.

 

 

 

PS: Para alguém que, num estouro, saiu da panela para me mostrar que ser milho para sempre, não tem graça.

 

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